Menina mulher!

Menina que brinca de ser mulher. Mulher que quer ser criança para brincar. O que era diversão, agora é obrigação.
O colo da mãe, onde nada de mal lhe atingia, o beijo de mãe, que tudo curava, as broncas da mãe, que tanto lhe revoltavam... O colo não lhe dá essa imunidade mais, o beijo não é mais tão milagroso e as broncas já não lhe afetam tanto.
A vida não tem mais o encanto de outrora. Não se começa uma história real com “Era uma vez...” e as chances de terminar com “E viveram felizes para sempre...” são cada vez menores.
Criança inocente se torna mulher descrente? Não! A criança sonhadora apenas percebe que contos de fadas só existem em seus livros de histórias. A felicidade é possível, mas há de se lutar por ela. E mesmo assim, não se vive feliz do começo ao fim. Ela é traduzida em pequenos e inesquecíveis momentos.
O príncipe encantado toma forma de um simples mortal. Com seus defeitos e qualidades está mais perto de ser sapo do que se pode desejar. Mas viver com um sapo, talvez seja mais interessante do que se pensa. Príncipes são muito certinhos e monotonia um dia cansa.
E é nisso... na forma sábia de crescer vivendo e superando, de forma tão sublime, dilemas e conflitos que está a magia dos seres que pertencem ao [por vezes, erroneamente] chamado “sexo frágil"!

SiL - 30/09/07